Famíla Charters d'Azevedo - Página Principal
Este site pretende dar apoio ao livro que " Villa Portela - Os Charters d'Azevedo em Leiria e as suas ligações familiares (Séc. XIX)" da autoria de Ana Margarida Portela, Francisco Queiroz e Ricardo Charters d'Azevedo. O referido livro será publicado durante o 2º semestre de 2007 A família Charters d'Azevedo "nasceu" a partir do casamento, em Leiria, de Isabel Charters, filha do Ten-Cor William Charters, com José Maria Henriques de Azevedo, mais tarde o 1 Visconde de São Sebastião. A todos os 10 filhos deste casal (que nasceram na sua casa nas Cortes) foi dado o apelido "Charters Henriques de Azevedo", mas aos seus netos o "Henriques" caiu ficando "Charters d'Azevedo" ou ainda somente "Charters". Como nasce o apelido Segundo Francisco de Vasconcelos em "A Nobreza do século XIX em Portugal" (ed. do Centro de Estudos de Genealogia, Heraldica e História da família da Universidade Moderna do Porto, Porto 2003, pp 97), as familias nobres mudam de apelido entre 1850 e meados do século XX e este "fenómeno ocorreu sobretudo em casas nobres fundadas antes do Liberalismo, nas quais, por obrigação imposta aos morgados em que sucederam, o nome completo - usado apenas em documentos oficiais e formais, tinha em geral quatro apelidos. De tão generalisado, o fenómeno acabou por se tornar uma caracteristica típica dos nobres que no entanto, no seu dia a dia, e (como se diria hoje) a nível profissional, eram chamados e assinavam apenas com um nome próprio e o primeiro (ou os dois primeiros) apelidos da família ou da varonia, e depois os restantes. Por isso Fontes Pereira de Melo era o Fontes, ...., Salvador Correia de Sá e Benevides Velasco era Salvador Correia, ... e João Ferreira Franco e Freire Pinto de Castelo Branco apenas João Franco". De referir ainda que antigamente o nome era composto como o fazem ainda hoje os espanhois. Por exemplo, Antonio de Oliveira Salazar tinha como primeiro apelido o do pai, e por último o da mãe por que foi mais conhecido. Sobre a formação dos apelidos em Portugal ver ainda : Carlos Lourenço Bobone “Os apelidos em Portugal” na Revista Raízes & Memórias, nº 3, Outubro 1988, pag 83, ed. da Associação Portuguesa de Genealogia Francisco de Vasconcelos escreve ainda que " Na alta nobreza antiga, a forte imagem simbólica do seu nome tradicional (que nem sempre era o da varonia primitiva, note-se) terá permitido a este resistir mais facilmente sobretudo resistir ao novo costume, mantendo-se até hoje como apelido base da linhagem". No caso da família "Charters d'Azevedo" pode afirmar-se que optando por um apelido, mais sonante e "diferente" conseguia manter a imagem da família, mais forte e respondia assim á forma como já eram conhecidos os filhos do 1º Visconde (ver por exemplo como era tratado o Coronel Guilherme Charters Henriques de Azevedo (e futuro General), ajudante às ordens do Rei D. Carlos I: era conhecido pelo Cor Charters d'Azevedo - pag 92 in "The Braganza Story" (publicado em 1999 pelo The Britsh Historical Society of Portugal) ou ainda no "Equador" de Miguel Sousa Tavares (Ed Oficina do Livro, Lisboa 2003), pp36.