AFA - Academia da Força Aérea Brasileira

FORÇA AÉREA BRASILEIRA
AFA - Academia da Força Aérea

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A Academia da Força Aérea (AFA), situada na cidade de Pirassununga (SP), é um estabelecimento de ensino superior, que integra o Sistema de Formação e Aperfeiçoamento do Comando da Aeronáutica. Sua finalidade é formar Oficiais Aviadores, Intendentes e de Infantaria da Força Aérea Brasileira, incentivando e aprimorando em cada Cadete os atributos intelectuais, morais e físicos, essenciais ao Oficial da Aeronáutica.

Os cursos de formação da AFA são equivalentes a cursos de graduação plena, os quais, embora não tenham similares no sistema civil, assemelham-se às áreas de Engenharia e de Administração. O aproveitamento do currículo nos cursos superiores civis é regulado pelo Conselho Federal de Educação do Ministério da Educação.

Os ensinamentos morais, científicos, militares e técnico-especializados são ministrados por professores civis federais, instrutores militares e monitores, seguindo uma seqüência de instrução, dentro de modernos moldes pedagógicos, coordenados pela Divisão de Ensino da Academia.

A Educação Física e a Instrução Militar são disciplinas ministradas paralelamente, dentro de rígidos padrões e em instalações modernas. Aqui sobressaem a instrução de pára-quedismo e a de sobrevivência no mar e na selva.

Cursos ministrados pela AFA:

CFOAV - Formação de Oficiais Aviadores
CFOINT - Formação de Oficiais Intendentes
CFOINF - Formação de Oficiais de Infantaria

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CFOAV - Curso de Formação de Oficiais Aviadores

Os cadetes do CFOAV iniciam a instrução aérea no primeiro ano, voando o T-25 universal, avião de fabricação nacional, no qual voam cerca de 75 horas, passando posteriormente para o T-27 Tucano, turbohélice de instrução avançada, também de fabricação nacional, no qual voam cerca de 130 horas.

Nessas aeronaves, aprendem a desenvolver as qualidades de piloto militar, dominando seu avião em manobras de precisão, acrobacias, vôos de formatura e por instrumento, preparando-se, dessa forma, para um futuro emprego em operações bélicas, o que se verificará após quatro anos na Academia. Após a formatura, como Aspirante-a-Oficial Aviador, o destino é o Comando Aéreo de Treinamento (CATRE) em Natal-RN.

CFOINT - Curso de Formação de Oficiais Intendentes

Os cadetes do CFOINT estudam em laboratório de administração e intendência, onde aprendem a ciência e a tecnologia moderna da gestão econômico-financeira e dos serviços especializados de intendência e de suprimento técnico, preparando-se assim para as tarefas de um combatente de superfície, integrado ao Sistema Logístico do Ministério da Aeronáutica.

Após quatro anos de Academia, são declarados Aspirantes-a-oficial e começam suas atividades administrativo-operacionais nas diversas organizações do Minsitério da Aeronáutica, distribuídas por todo o Território Nacional.

Os CFOINT é o único da Academia da Força Aérea que admite candidatas para o Corpo Feminino da Aeronáutica.

CFOINF - Curso de Formação de Oficiais de Infantaria

Os cadetes do Curso de Formação de Oficiais da Infantaria da Aeronáutica estudam métodos de defesa e segurança das instalações militares, emprego de defesa antiaérea de aeródromos e sítios, comando de frações de tropas e de equipes contra-incêndio, legislação militar e emprego de armamento, serviço militar e mobilização.

É ministrada instrução de pára-quedismo, capacitando-os ao desempenho de suas missões de ataque e resgate.

Após os quatro anos de formação acadêmica, são declarados Aspirantes-a-oficial e começam suas atividades operacionais de combatente terrestre, como elemento-chave do Ministério da Aeronáutica, em todo o Território Nacional.

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HISTÓRIA

A história da Academia da Força Aérea está intimamente ligada à história da Força Aérea Brasileira. Falar da Academia sem falar da história da FAB seria deixar uma lacuna impreenchível no passado da formação dos oficiais da Aeronáutica.

A idéia de criar a Força Aérea remonta à I Guerra Mundial, quando coube à Marinha tomar a iniciativa de organizar o primeiro núcleo militar de aviação do Brasil. Estava, pois, dado o primeiro passo. Pelo Decreto nº 12.167, de 23 de agosto de 1916, o então Presidente da República Wenceslau Braz, fundada a Escola de Aviação Naval, enquanto o Ministro da Marinha, Almirante Alexandrino Faria de Alencar, iniciava as negociações para a aquisição dos primeiros aviões Militares Brasileiros, a fim de equipar aquela Escola. Foram três Curtiss, modelo F, adquiridos do Estados Unidos. O Exército só iria ter sua Escola de Aviação Militar após o término da Guerra . Em 15 de janeiro de 1919, pelo Decreto 13.417, foi aberto um crédito de dois mil contos de réis, para que se organizasse o serviço de Aviação Militar. O serviço foi provido de infra-estrutura, adquirindo-se aviões e outros materiais necessários. Foram contratados também professores para a escola, além de operários para a manutenção.

A inauguração oficial da Escola de Aviação Militar ocorreu no dia 10 de julho de 1919, sendo o Ten Cel Estanislau Vieira Pamplona seu primeiro Comandante. Os aviões da Escola, vindos para o Brasil em 1919 e 1920, eram franceses, da I Guerra, da marca Nieuport e Spad 84 "Herbermont". A criação de uma Força nova e independente, porém, há muito fazia parte das cogitações de muitos idealistas, destacando-se, no Ministério do Ar, o Major Lysias Augusto Rodrigues, aviador militar. O Major Lysias levantou a sua voz entusiasta, de modo prematuro, numa época em que tanto a Aviação Naval como a Militar, não tinha alcançado, ainda, pleno desenvolvimento. Sua idéia ficou conservada durante muitos anos, concretizando-se com a eclosão da II Guerra Mundial.

O Ministério da Aeronáutica foi instituído pelo Decreto nº 2.961, de 20 de janeiro de 1941 e, logo após a sua criação, sentiu-se a necessidade de intensificar a formação de pessoal. A Força Aérea, em eminente expansão, devido às necessidades da Guerra, às portas do Brasil, obrigou-se a um programa de aceleração imediata do ritmo de formação de pessoal navegantes e especialistas. Além disso, o novo Ministério acabava de herdar das aviações do Exército e da Marinha, uma duplicidade de centros de formação que por razões óbvias, devia ser eliminada. Consequentemente, foram extintas a Escola de Aviação Militar e Escola de Aviação Naval, enquanto era criada a Escola de Aeronáutica, no Campo dos Afonsos, que iria centralizar toda a formação de oficiais aviadores. Na Ponta do Galeão, destinada à formação do pessoal de manutenção, foi criada a Escola de Especialistas de Aeronáutica, nas instalações da antiga Escola de Aviação Naval.

Por meio do aviso nº 16, de 23 de janeiro de 1942, foi designada uma comissão de oficiais aviadores, com a finalidade de escolher um novo local, isento das limitações do Campo dos Afonsos, para a construção da nova Escola de Aeronáutica. Entre os lugares cogitados, foi selecionado no interior do Estado de São Paulo, destacando-se as cidades de Campinas, Pirassununga, Rio Claro e Ribeirão Preto. A escolha de Pirassununga decorreu das excepcionais características topográficas da área oferecida ( o local denominava-se Campo Alto, a leste da cidade). Ainda durante a II Guerra Mundial, iniciava-se a construção dos primeiros hangares da nova Escola de Aeronáutica. No ano de 1949, o Ministério da Aeronáutica designou um grupo de oficiais para apresentar projeto sobre a nova Escola, o qual resultou na Comissão de Estudos e Construção da Escola de Aeronáutica, que recebeu a incumbência de submeter à aprovação do Ministro da Aeronáutica a proposta de atualização do projeto da Escola, além de providenciar e fiscalizar a construção. Em 17 de julho de 1956, foi nomeada nova comissão para elaborar o projeto definitivo da Escola, que deveria atender as duas fases: mudança para Pirassununga do último ano do Curso de Formação de Oficiais Aviadores e, posteriormente, mudança completa da Escola.

Em 17 de outubro de 1960, foi inaugurado o Destacamento Precursor de Aeronáutica, durante as festividades da semana da Asa, com a presença do Exmo. Sr. Ministro da Aeronáutica, Ten Brig Ar Francisco de Assis Corrêa de Mello, do Governador do Estado de São Paulo e de outras autoridades. A nova Escola teve como primeiro Comandante o Major-Aviador Aloysio Lontra Netto.

As construções eram poucas e precárias, contando apenas com dois hangares. Os alojamentos, cassinos e instalações de infra-estrutura eram em sua maioria concentradas no antigo prédio da Divisão de Apoio. A pista antiga, no mesmo lugar da atual, era de menores dimensões e gramada.

O ano de 1968 foi coroado com a chegada das aeronaves a jato T-37C, que marcariam o início de uma nova era. No dia 09 de setembro, foi realizado o primeiro vôo de instrução de Cadetes naquela aeronave. Em 10 de julho de 1969, a Escola de Aeronáutica passou a denominar-se Academia da Força Aérea, e, em decorrência, o Destacamento passou a denominar-se Destacamento Percursor da Academia da Força Aérea.

No ano de 1971, a Academia da Força Aérea foi transferida definitivamente, do Campo dos Afonsos para Pirassununga, sendo o seu primeiro Comandante o Brig Ar Geraldo Labarthe Lebre. Nessa época, o Corpo de Cadetes já havia sido removido da Divisão de Apoio, onde hoje é o alojamento dos praças , para o prédio do 4º Esquadrão, onde ficavam os Cadetes do último ano.

 

A ACADEMIA DA FORÇA AÉREA HOJE

As instalações da AFA foram construídas de acordo com um projeto (plano diretor), o qual pode ser modificado conforme com eventuais necessidades, desde que aprovado por autoridades competentes. A Academia dispõe de uma área construida de 215.246 m², sendo 141.800 m² de área administrativa e 73.246 m² de área residencial. Para seu funcionamento, a AFA possui uma Estação de Tratamento de Água com uma rede hidráulica medindo aproximadamente 15 km e mantendo uma capacidade/dia de 6.000.000 litros, utilizando as águas do Rio Mogi Guaçu; possui, no sistema de energia elétrica, 41 km de redes aéreas e subterrâneas de tensão, além de uma rede viária de 50 km e uma rede telefônica com cerca de 23 km

A missão da Academia é forjar homens, desenvolvendo, incentivando e aprimorando, em cada cadete, os atributos intelectuais, morais e físicos, de forma a obter-se, como produto final desse treinamento, oficiais capazes e eficientes, em condições de tornarem-se os verdadeiros líderes de uma moderna força aeroespacial.

A Academia da Força Aérea é um estabelecimento de ensino de nível superior que integra o sistema de formação e aperfeiçoamento do pessoal do Comando da Aeronáutica. Subordinada diretamente ao Departamento de Ensino da Aeronáutica (DEPENS), sua finalidade é a formação, em nível superior, dos Oficiais da Ativa da Força Aérea Brasileira dos quadros de Aviadores, Intendentes e de Infantaria.

Os ensinamentos morais, científicos, militares e técnico-especializados são ministrados por oficiais dos diversos quadros da Força Aérea e por professores civis, de acordo com uma seqüência baseada em modernos moldes pedagógicos coordenados pela Divisão de Ensino da Academia. Da instrução participam, ainda, oficiais das demais Forças e professores convidados.

A Academia da Força Aérea fica localizada na cidade de Pirassununga, cidade do interior do Estado de São Paulo, situada a 200 km da capital, 100 km ao Norte de Campinas e 100 km ao Sul de Ribeirão Preto, às margens da Rodovia Anhanguera.

CVV - Clube de Vôo à Vela

CUC - Clube de Ultraleves


última atualização em 04/agosto/2006

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