FORÇA AÉREA BRASILEIRA |
A aeronave A-1, ou AMX como é popularmente conhecida,
é um caça-bombardeio-reconhecedor-leve, projetado, desenvolvido e produzido por um
consórcio formado entre as empresas Embraer, Alenia e Aermacchi, dentro do
contexto de um Programa Conjunto entre o Brasil e a Itália. É uma excelente aeronave de
ataque e reconhecimento, que por suas características tecnológicas e capacidade
operacional, colocou a FAB em posição destacada no cenário militar da América do Sul. Os A-1 tem como missão principal o reconhecimento e o ataque a alvos de superfície, contando para tal com excelente raio de ação e autonomia, além da capacidade de reabastecimento em vôo, o que lhe permite alcançar pontos distantes, com alto valor estratégico. Está equipado com uma aviônica relativamente moderna, lhe garante a utilização de uma vasta gama de armamentos, cuja precisão é garantida por meio dos seus sistemas e computadores de bordo.
Em 1999, o AMX, que na Itália é conhecido como "Ghibli" (nome de um vento que sopra da Líbia para a Europa), cumpriu 274 missões em 1.200 horas de combate na guerra do Kosovo, com aproveitamento efetivo de 99,5%. A AMI (Força Aérea Italiana) empregou munições guiadas, de origem israelense, nas missões em apoio às operações da OTAN, quando destruíram estações de radar das forças sérvias voando a menos de 100 metros e a 900 km/hora. No total, foram 180 missões nos Balcãs, com 95% de sucessos. Os AMX brasileiros também mostraram sua capacidade nas manobras Red Flag, em Nellis nos EUA. Em agosto de 1998, seis AMX do primeiro lote e 22 pilotos voaram 52 saídas de ataque em 18 missões nas duas últimas semanas da operação. Os AMX atuaram junto com os F-5E Tiger III chilenos, F-16A/B MLU belgas e holandeses, CF-18 canadenses e caça americanos. Os AMX acertaram mais de 75% dos alvos contra uma média de 60% dos outros participantes, penetrando defesas em terra e no ar. Nenhum AMX foi "derrubado" e ainda conseguiram duas vitórias contra os caças inimigos, que tentaram interceptá-los a baixa altitude. Os pilotos aprenderam táticas como "dog legs", "action point" e "cross viper", que agora são usadas extensivamente. Os pilotos de F-16 da Guarda Nacional Americana apelidaram o AMX da FAB de "The Bee" (a abelha), após serem derrubados duas vezes em 1994 na Operação Tiger I em Natal. Nenhum dos nossos AMX foi derrubado nesta operação.Os AMX da FAB também já podem ter entrado em ação. Dois AMX da FAB podem ter atacado posições da FARC em território colombiano em 1999 durante a operação Querari. Em 2003 os AMX foram usados para bombardear pistas clandestinas na Amazônia. Atualmente o AMX é o vetor aeroestratégico da FAB. Um ensaio decisivo foi realizado em agosto de 2004, quando dois deles saíram da base de Santa Maria, RS e permaneceram no ar, por mais de 10 horas ininterruptas, realizando 3 reabastecimentos em vôo. Cobriram 6.900 Km, não foram detectados e teriam destruído qualquer alvo na América Latina ou até mesmo chegado à África. A AMI (Força Aérea Italiana) têm ao todo 136 caças
distribuídos em 3 esquadrões operacionais, que utilizam 110 AMX monoplace e um
esquadrão de conversão com 26 AMX-T biplace).
Programa de Modernização dos AMX da FAB Dentro do programa de reaparelhamento da FAB, foi assinado um contrato com a Embraer para a modernização de toda a frota de A-1, a partir de 2007. O programa prevê a padronização dos sistemas de navegação e comunicação, similares ao do programa do F-5 BR, além da substituição do radar pelo sofisticado SCP-01, da empresa Mectron de São José dos Campos, capaz de detectar alvos múltiplos em terra, no ar e mar. O Comando da Aeronáutica vai investir US$
400 milhões ao longo de 60 meses para modernizar 53 caças-bombardeiros AMX A-1 da FAB. O
contrato foi recentemente assinado com a Embraer. Na nova versão do AMX, o radar atual vai dar lugar a um sofisticado SCP-01, fabricado em São José dos Campos pela Mectron. Os dados de desempenho do equipamento são considerados sigilosos. Os pilotos passarão a contar com um avançado centro eletrônico de gerenciamento de combate e um designador laser para dirigir bombas inteligentes e mísseis ar-terra de precisão. Um sistema específico vai compatibilizar a aeronave com os supersônicos F-5BR, também modernizados pela Embraer e, com os turboélice de ataque leve A-29 Super Tucano. Uma das vantagens, apontadas pela Embraer, para programa ser realizado em Gavião Peixoto é que mais de 90% dos equipamentos previstos na modernização dos AMX serão produzidos no Brasil pela Aeroeletrônica, de Porto Alegre. A empresa pertence à empresa israelense Elbit, subcontratada da Embraer no programa de modernização dos F-5 BR e na produção do ALX Super Tucano. Os pilotos passarão a contar com um avançado centro eletrônico de gerenciamento de combate e um designador laser para dirigir bombas inteligentes e mísseis ar-terra de precisão. Um sistema específico vai compatibilizar a aeronave com os supersônicos F-5 BR, também modernizados pela Embraer, e com os turboélices de ataque leve A-29 Super Tucano. O AMX foi a aeronave responsável pela introdução de
novas tecnologias na FAB como HOTAS (Hands on Trottle and Sticks), HUD (Head-up Display),
MFD (Multifunctional Display), RWR (Radar Warning Receiver), barramento de dados 1553B,
novos conceitos de manutenção (BITE) e métodos de desenvolvimento. ENTREGA DOS AMX PARA A FAB
A modernização dos AMX da FAB para o padrão A-1M (M =
Modernizado) tem como objetivo não só atualizar os sistemas, mas também ampliar as
capacidades do AMX e melhorar a logística. Um financiamento de US$ 90 milhões já foi
aprovado pelo governo e o valor total deve chegar a US$ 322 milhões em seis anos. O AMX
se chamará A-1AM para a versão monoposto e A-1BM para o biposto. O AMX será equipado com o capacete DASH 4 da Elbit, já
usado nos F-15, F-16 e F-4 de Israel. Ele é conectado ao sistema de navegação, sensores
de mísseis, radar e HUD. As funções mostradas no capacete são localização e
distância do alvo, zona de lançamento de mísseis, informações de vôo (velocidade,
altitude etc) e alertas. MARE - MATERIAIS ABSORVEDORES DE RADIAÇÃO
ELETROMAGNÉTICA |
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Ficha Técnica |
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Fabricante: | Consórcio Embraer, Aermacchi e Alenia |
País de origem: | Brasil/Itália |
Tipo: | Caça-Bombardeiro e Reconhecimento Tático |
Missões: | - Ataque ao solo - Reconhecimento tático, fotográfico e infravermelho - SEAD (Supression Enemy Air Defense) |
Motor: | 1 turbofan Rolls-Royce Spey RB.168 Mk.807 sem pós-combustão com de empuxo 5.000 Kgf |
Teto Operacional: | 13.000 m |
Velocidades: | Cruzeiro: 950 Km/h Máxima: 1.160 Km/h Razão de subida: 3.124 m/min |
Limite g: | -4g a +8g |
Raio de Combate: | Hi-Lo-Hi: 889 km (com carga bélica de 907 Kg) Lo-Lo-Lo: 556 km (com carga bélica de 907 Kg) |
Alcance: | Translado: 3.336 Km (com 2 tanques externos de 1.100 l) |
Distâncias: | Decolagem:
631 m (com peso de 10.750 Kg) Pouso: 753 m (a partir de 15 m de altitude) |
Pesos: | Vazio: 6.700 Kg Operacional: 9.600 Kg Máximo: 13.000 Kg |
Dimensões: | Envergadura: 8,87 m Comprimento: 13,57 m Altura: 4,57 m Área alar: 21,0 m2 |
Carga Bélica: | 3.800 Kg de armamento |
Pontos de Fixação: | - duplo "pylon" sob a fuselagem - 4 pontos "duros" sob as asas - 2 trilhos de ponta de asa para mísseis ar-ar |
Armamento Atual: | - 2 canhões Mk.164 de 30mm (150 tiros cada) - bombas de emprego geral Mk.82, Mk.83 e Mk.84 - bombas de fragmentação BAFG-230, 460 e 920 - bombas incendiárias BINC-300 - bombas lança-granadas BLG-252 - bombas anti-pista BAPI - foguetes não-guiados SBAT 70mm (tubo com 19) - dispenser de treinamento SUU-20 |
Equipamentos: | - 3 sistemas alternativos para reconhecimento fotográfico (GESPI nacional, VICON ingleses e RECCE LITE israelenses) - RWR (Radar Warning Receiver) - Lançadores de Chaff e Flare - Sistema AECM (Active Electronic Counter Measures) - REVO sistema de reabastecimento em vôo |
Tripulação: | A-1 monoplace / A-1B biplace |
Versões no Brasil: | A-1
(AMX) caça de ataque monoplace A-1B (AMX-T) caça de ataque biplace RA-1A (AMX-R) reconhecimento tático monoplace RA-1B (AMX-R) reconhecimento tático biplace YA-1 (AMX) ensaio de vôo |
Uso em Combate: | - Bósnia (1995) - Guerra do Kosovo (Iugoslávia 1999) |
Operadores: | Brasil e Itália |
última atualização em 04/agosto/2006
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