FORÇA AÉREA BRASILEIRA |
A obtenção de dados de inteligência concernentes
ao inimigo é uma necessidade que nasceu desde os primórdios da História Militar
Brasileira. As unidades da FAB que tem por missão a tarefa operacional de reconhecimento
aéreo, além de qualificar pessoal especializado em foto-interpretação tem, como
missão secundária, realizar surtidas de ataque-ao-solo. Em função dos sensores utilizados, a aviação de reconhecimento realiza as missões de Reconhecimento Visual (RV), Reconhecimento Fotográfico (RF), Reconhecimento Meteorológico (RM), Reconhecimento Infravermelho (IV) e tem, em seus quadros, pessoal formado e em condições de realizar a análise e produzir relatórios de imagens de Reconhecimento Radar (RD). Nas missões de Reconhecimento Visual, realizada concomitantemente com o Reconhecimento Fotográfico, o piloto tem que demonstrar a sua proficiência. Ao sobrevoar uma área durante poucos segundos deverá ser capaz de observar, memorizar e descrever, para os Técnicos de Informações de Reconhecimento um mínimo de 80% das características dos objetivos visualizados, incluindo os seus pontos mais sensíveis. As informações meteorológicas, indispensáveis ao planejamento das ações de guerra, são produzidas através de análises climatológicas, utilização de satélites, observação visual e coleta de dados na área de interesse. A crescente importância que é dada a esse tipo de informação motivou diversos Comandos e Organizações das Forças Armadas a solicitarem a participação da Unidade nas suas manobras e exercícios táticos. O Reconhecimento Infravermelho é um complemento que contempla a Tarefa do Reconhecimento Aéreo com dados significativos a respeito do nível de atividade dos objetivos sensoriados, proporcionando uma visão dinâmica do objetivo, permitindo ao Comando Superior quantificar com maior segurança o valor relativo do alvo versus o atrito inferido por parte das ações do inimigo, decorrentes de um possível ataque. A FAB dispõe atualmente de três unidades operacionais voltadas ao reconhecimento. O mais novo esquadrão é o "Guardião", baseado em Anápolis, GO, e que opera os Embraer R-99A e R-99B. Os R-99A são aeronaves de Alerta Aéreo Antecidado e Controle, dotadas de um potente radar Ericsson Erieye em seu dorso. Esse avião tem a capacidade de detectar qualquer aeronave que tenha invadido o espaço aéreo brasileiro, mesmo em baixas altitudes, o que garante a soberania do nosso espaço aéreo. Já o R-99B é uma avançada aeronave de sensoriamento, capaz de fornecer imagens e informações eletrônicas sobre objetivos no solo em tempo real. Ele vem equipado com uma variada gama de sensores complexos, que inclui um radar de abertura sintética (SAR) de alta performance, sensores eletroópticos e multiespectrais, e sistemas de comunicação e inteligência eletrônica. O esquadrão "Carcará" está sediado na Base Aérea do Recife e é empregado no cumprimento das missões de reconhecimento foto, visual e meteorológico. O esquadrão opera os R-95 Bandeirante e os R-35A Learjet.
o Esquadrão "Poker", baseado em Santa Maria, RS, é a única unidade da FAB que tem por missão principal o reconhecimento tático, operando desde 1999 as aeronaves Embraer RA-1A/B AMX. O esquadrão realiza o Reconhecimento Tático como função primária e mantém a capacidade de ataque, interdição e apoio aéreo aproximado.
Os RA-1 tem provisão
para levar cameras internas num compartimento abaixo e a esquerda do cockpit. O Pallet III
usa cameras Zeiss de longo alcance, para cobrir alvos de área e sensoriamento remoto.
Este mesmo palete pode usar duas cameras Vinten 360 para baixa altitude. O casulo nacional
Gespi é levado no cabide central e leva quatro cameras Vinten cobrindo a frente, abaixo e
os lados da aeronave. Atualmente os RA-1 estão sendo equipados com os novos casulos
Reccelite da Rafael (Israel) com datalink, podendo transmitir as imagens capturadas em
tempo real.
Unidades da FAB - Aviação de Reconhecimento: 2º/6º GAv - Esquadrão Guardião - BAAN Anápolis,
GO 1º/6º GAv - Esquadrão Carcará - BARF Recife, PE 1º/10º GAv - Esquadrão Poker - BASM Santa Maria, RS |
última atualização em 17/setembro/2006
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