FORÇA AÉREA BRASILEIRA - CLBI - Centro de Lançamento da Barreira do Inferno

FORÇA AÉREA BRASILEIRA
CLBI - Centro de Lançamento da Barreira do Inferno

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A seleção para a localização do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), subordinado ao Departamento de Pesquisas e Desenvolvimento (DEPED), do Comando da Aeronáutica, seguiu requisitos como: proximidade com o equador magnético; suporte logístico já existente; baixo índice pluviométrico; grande área de impacto (oceano); e condições de ventos predominantemente favoráveis. Após pesquisa criteriosa, foi escolhida uma área vizinha a Ponta Negra (RN), denominada Barreira do Inferno, assim chamada devido às suas falésias avermelhadas. O inicio das atividades do CLBI, em dezembro de 1965, ocorreu com o lançamento de um foguete de sondagem de fabricação norte-americana – Nike Apache.

Atuando no lançamento de foguetes de sondagem e rastreio de engenhos espaciais, já foram realizados, no Centro, cerca de 400 lançamentos, desde os pequenos foguetes de sondagem meteorológica do tipo Loki, até veículos de alta performance da classe Castor-Lance, de quatro estágios. Dois experimentos envolvendo o INPE, a NASA e o CLBI merecem destaque: Projeto Exametnet – para estudos da atmosfera em altitudes de 30 a 60km, quando foram realizadas 88 operações entre 1966 e 1978, totalizando 207 lançamentos; e o projeto Ozônio – para estudar a camada de ozônio, com um total de 81 lançamentos, representando 16 operações entre 1978 e 1990.

No que se refere a lançamentos orbitais, em particular equatoriais, o CLBI presta serviços de rastreio e de segurança de veículos satelizadores lançados do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Uma outra ação desenvolvida no Centro e que merece destaque é a intensa cooperação com a Agência Espacial Européia (ESA), através da atividade de rastreamento do veículo Ariane, desde seu vôo inaugural.

Porém em virtude da impossibilidade de expansão do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), em função do processo de expansão urbana de Natal (RN), levou à realização de estudos para a definição de um local mais adequado à construção de mais um espaçoporto nacional e a Barreira do Inferno perdeu o primeiro lugar para a Base de Lançamento de Alcântara no Maranhão.

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Criado no dia 12 de outubro de 1965, o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) está situado no município de Parnamirim, aol sul de Natal, no litoral do Rio Grande do Norte (RN). A localização do Centro obedeceu requisitos como: a proximidade com o equador magnético (que é a linha situada a meia distância entre os pólos magnéticos norte e sul), suporte logístico já existente, baixo índice pluviométrico, proximidade de uma área de grande impacto (oceano) e condições de ventos favoráveis. A área é denominada Barreira do Inferno devido a falésias vermelhas que, iluminadas pelos raios solares ao amanhecer, assemelhavam-se, para os antigos pescadores, a labaredas de fogo.

O CLBI propõe-se a executar atividades de lançamento e rastreamento de engenhos aeroespaciais, coletar e realizar o processamento de suas cargas úteis e realizar testes e experimentos de interesse da Aeronáutica relacionados com a Política Nacional de Desenvolvimento Aeroespacial.

No ano de sua criação, O CLBI lançou, pela primeira vez em território nacional, um foguete de sondagem norte-americano - o Nike Apache. Entre 1965 e 1989, o CLBI chegou a 307 lançamentos e hoje ultrapassa o número de dois mil. Na área de desenvolvimento de veículos lançadores destaca-se a criação da família SONDA (I,II,III e IV), que forneceu as bases para o desenvolvimento do Veículo Lançador de Satélites (VLS), lançado do Centro de Lançamentos de Alcântara (CLA).

O CLBI desenvolve várias atividades com cooperação internacional, desde lançamento de foguetes para sondagem meteorológica (LOKIDART) até veículos de alta performance (da classe CASTOR-LANCE). Destacam-se os projetos EXAMETNET e OZÔNIO, envolvendo o CLBI, a Nasa e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O primeiro realizou 88 operações e 207 lançamentos entre 1966 e 1978, com o objetivo de realizar estudos da atmosfera entre 30 e 60 km de altitude. O segundo objetivava o estudo da camada de ozônio e realizou 16 operações com 81 lançamentos entre 1978 e 1990.

Além disso, o Centro tem auxiliado a European Space Agency (ESA) como estação rastreadora dos foguetes Ariane. O programa Ariane foi estabelecido em 1973 e o acordo para sua execução firmado em 1977, com o intuito de dotar a Europa de autonomia de lançamento necessária para a execução do seu programa espacial. Segundo o CLBI, o rastreamento do foguete Ariane vem gerando divisas da ordem de US$ 1,4 milhões para o governo brasileiro.

Desde novembro de 1994, o CLBI também vem realizando um programa de apoio às atividades do Centro de Lançamentos de Alcântara. Dentro deste programa de cooperação, que integra a Missão Espacial Completa Brasileira (MECB), o CLBI realiza o treinamento das equipes operacionais do CLA e fornece suporte nas áreas de pessoal (equipes de lançamento e segurança de plataforma) e material (painel de disparo, instrumentos de medida e placas de computador).

Segundo o CLBI, as atividades atuais envolvem:

1. Rastreamento, em cadeia com o Centro Espacial Guianês (CSG, na sigla em francês), do Veículo Lançador Ariane, lançado do CSG para o Leste em conformidade com o estabelecido no acordo com a ESA (Agência Espacial Européia);

2. Rastreamento, em cadeia, dos veículos lançados de Alcântara-MA, em conformidade com o Programa Nacional de Atividades Espaciais, fornecendo dados de telemetria e trajetografia dos veículos lançados e mantendo a capacidade técnico-operacional das equipes do CLBI;

3. Continuação dos testes e experimentos de interesse do Comando da Aeronáutica;

4. Disponibilização dos meios operacionais em proveito de experimentos de interesse da Marinha e do Exército Brasileiro, visando, além da participação de projetos de interesse do Comando da Aeronáutica (CAER), incremento da cooperação entre as Forças Armadas;

5. Venda de serviços de lançamentos e rastreamentos de foguetes suborbitais para organizações nacionais e estrangeiras, colocando os meios operacionais à disposição da comunidade científica internacional para a realização de operações espaciais, em especial aquelas relacionadas com a pesquisa e o monitoramento do meio ambiente, principalmente através da observação da atmosfera (o projeto EXAMETNET foi dirigido para o estudo da atmosfera entre 30 a 60 km).

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O CLBI, além de lançar e rastrear foguetes, processa os dados coletados nas cargas úteis. Merece destaque a intensa cooperação com a Agência Espacial Européia (ESA), por meio da atividade de rastreamento dos veículos Ariane, lançados do Centro Espacial Guianense (CSG), na Guiana Francesa. Esta atividade é realizada desde o vôo inaugural da família Ariane. Desde sua criação, o CLBI já realizou mais de 2.700 operações de lançamentos de engenhos espaciais.

Devido às falésias vermelhas que, iluminadas pelos raios solares ao amanhecer, assemelhavam-se, para os antigos pescadores, a labaredas de fogo.

última atualização em 04/agosto/2006

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