FORÇA AÉREA BRASILEIRA - Mísseis Ar-Ar Matra R550 Magic 2

FORÇA AÉREA BRASILEIRA
Mísseis Ar-Ar Matra R550 Magic 2

 

Mísseis Ar-Ar Matra R550 Magic 2


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O míssil R.550 Magic 2 é um míssil ar-ar de curto alcance guiado por infravermelho (IR) produzido pela empresa Matra francesa. Ele é compatível com o lançador do Sidewinder e automaticamente se tornou um competidor deste míssil americano.

O Magic tem a mesma configuração do Sidewinder. Com superfície de controle frontal e estabilizador traseiro, ambos em cruz e alinhados. A diferença é o canard duplo em fila frontal. Os canards frontais são fixos e os traseiros são usado para controle com atuação pneumática. Atuam no controle do giro, rotação e guinada e podem manter um grande ângulo de ataque graças aos aletas frontais. A cauda gira livre ao redor do bocal de escape para estabilizar a rotação.

Em 1978 entrou em serviço o Sidewinder AIM-9L com capacidade "all aspect". Foi um dos motivos para a criação da versão Magic 2 com a mesma capacidade, mas não a única como visto anteriormente. O Magic 2 entrou em serviço na França em 1985.

Em relação a versão Magic 1 o Magic 2 apresenta ogiva de 12,5 kg e usa uma espoleta radar no lugar da espoleta IR. O motor foguete sólido sem fumaça SNPE Richard queima por 10% mais tempo (2,2 segundos), aumentando o alcance prático para 5 Km. O peso aumentou um pouco para 90 Kg e as dimensões foram mantidas.

O Magic 2 recebeu um sensor AD3601 da SAT ou AD3633 multielemento mais sensível, com capacidade qualquer aspecto e com melhor capacidade de contra-contramedidas. O sensor podia ser apontado por outros sensores como o radar.

Recebeu um piloto automático digital e passou a ter capacidade de puxar 50 g´s. Podia ser lançado com a aeronave puxando até 7 g´s, mas em 1992 um Mirage 2000 disparou um Magic 2 enquanto puxava 9g´s.

O Magic foi o principal competidor ocidental do Sidewinder até ser superado pelos Phyton israelenses. Em 1990 apareceu a versão Magic 2 Mk2. A produção cessou no fim da década de 90 após a fusão da Matra e Bae Dymamicas em 1996 para formar a MBDA.

Os caças Crusader da aviação naval francesa foram equipados com o Magic. Todos os caças franceses foram equipados com o Magic: Jaguar, Super Etandard, Etandard IV, Rafale e família Mirage. Também foi instalado nos caças Mig-21. A Bélgica e Paquistão integraram o míssil nos seus F-16.

Cerca de 3500 Magic 2 foram vendidos para a Bélgica, Equador, França, Índia, Qatar e Taiwan. Foi usado em combate pelo Equador contra o Peru.

Em 1992 os Mirage F-1JA esquadrão de caça 2112 da Força Aérea do Equador armados com o Magic 2 Mk 2 derrubaram dois Su-22 Esquadrão de caça No 11 "Los Tigres" da Força Aérea do Peru durante o conflito de fronteira no vale do Cenepa. Os Mirage F-1 estavam em uma patrulha de combate aéreo e receberam alerta de radar em terra para interceptar os Su-22. O contato visual foi feito com os Sukhoi voando baixo a 600 metros e a 8km de distância e mergulharam. Um Magic foi disparado a 90 graus que não engajou e se autodestruiu. Os Sukhois manobraram e aceleraram para fugir. Os dois foram derrubados posteriormente.

A FAB adquiriu um lote de 22 mísseis R550 Magic 2 para equipar os "novos" caças Mirage 2000 que começam a chegar ao Brasil no final de 2006.

última atualização em 04/agosto/2006

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